Amar é caminhar de olhos vendados,
No tapete de vidro partidos.
É ter o coração ladeira abaixo,
dolorido,
mas com a mesma fome,
Seja na ida;
como a mesma sede,
seja na volta,
brinquedo de iludir a dor
fingindo buscar o remédio
mesmo sem a esperança de achá-lo...
Amar é sofrer
multiplicando os espinhos
sem se dar por isso;
é suportar a dor
como se estivesse na ante - sala do paraíso.
Bucareste, agosto de 1999
Ático Vilas Boas da Mota
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